terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


A fase mais complicada da vida passa.
E quanto mais passa, mais se complica.
O que resta no fim da vida?
Que sonhos alimentar ainda?
A sensação é de que a vida abusa do poder.
Apóia a degeneração do corpo.
Não importa quantas lástimas.
Não importa quantas plásticas.
Adeus.
A gente cai no esquecimento.
Mas marcas das passagens
não se apaga.
E a gente vê tudo outra vez.
Mas, agradece.
Na reta final, nos tornamos
experientes.
Depois de alguns anos de treino,
reconhecemos que a quilometragem
na verdade, é um eterno reajuste
para um próximo passo.
A força máxima passa.
Mas a gente retorna a cada manhã
aproveitando mais um dia,
mais um dia.
Não sabemos qual o dia
da etapa final.
A vida é uma constante despedida.
Já que o vazio chega em qualquer idade.
Algumas pessoas têm participação
exclusiva.
Do ponto de vista geral,
todos os que passam por nossas vidas,
universalizam o carinho e os direitos de todos.
Qualquer um de nós ao longo do tempo,
não abandona o valor dos dias.
Para uma completa ascenssão,
é preciso não marcar data.
Considerar os ajustes, conservar a
prudência.
Cortes, só às coisas menos relevantes.
Ainda assim, essas coisas acontecem
de forma lenta.
Aos inimigos, perdão, pois que também
temos muito a ser perdoados.

Cecília Fidelli

Um poema pra vc.
-
O dia-a-dia dizendo,
que a vida anda,
que a fila anda...
Mas a gente nem sempre
se esforça pra entender.
Então, caminha-se
meio que sem destino,
porém bastante confiante.
Ousadia.
Pura ousadia,
sendo que a vida vai,
dá voltas, muitas voltas.
Às vezes somos surprendidos
pela sorte.
E ela liquida com agonias,
passa a parecer singela,
recheada de pequenas alegrias.
Pena que a gente só julga,
muitas vezes implora e espera.
Tanto espera que os ânimos
fervem como carvão.
E a gente vai se acostumando
com tudo isso,
A hora é essa,
de olhar os olhos da lua,
e ver nos olhos do mundo,
o Perfeito, o Absoluto,
mesmo sem entender
as momentâneas razões,
a imagem do Criador.

Cecília Fidelli.
                                                As três Mosqueteiras
Irma Sérgio, muito obrigado por reproduzir minha
                                                     poesia de maneira tão significativa.
                                                        Paz e Poesia,
                                                                       Cecília Fidelli.